Eu sei que muitas vezes posso fazer transparecer que uso as viagens que faço em trabalho em meu proveito pessoal. A verdade é que vou a reuniões fora do país (o que muitos colegas se recusam a fazer e eu não me importo nada) e em nenhum momento descuro o objectivo da viagem ou o meu trabalho.
Agora, já que lá estou, não vou deixar de aproveitar as horas livres para conhecer um pouco mais uma cidade que não é a minha.
Na semana passada tive essa oportunidade, já que tive de ir ao domingo. E já que vou ao domingo, decidi ir no 1º voo, às 7 da manhã (obviamente, sem qualquer prejuízo para o trabalho). Ao meio dia estava no centro de Bruxelas, pronta a explorar algumas dicas de um guia diferente, o Use-it. Trata-se de um conjunto de guias diferentes para várias cidades, mas feitos por locais e com dicas diferentes daqueles guias turísticos tradicionais.
Desse guia escolhi 4 dicas diferentes: um mercado internacional; uma feira da ladra; um jardim escondido; e um parque de estacionamento (sim, leram bem!). Tudo feito a pé ;)
O passeio começou com a ida ao mercado. Cheio de gente, enorme, ao ar livre e com uma diversidade enorme de produtos. Desde as frutas e legumes (lindos e alguns diferentes), especiarias, comida pronta, roupa, utensílios de cozinha, bijuteria… Um pouco de tudo. Fica junto à estação du Midi. O segredo, para quem tencione comprar frutas ou legumes, é ir no final, altura em que os vendedores querem “despachar” o que sobra e os preços descem a pique.
De seguida dirigi-me à feira da ladra. Pequena, resume-se a um largo, a Place de Jeu de Balle. Mas com um ambiente muito giro e numa zona com várias lojas de antiguidades, velharias e peças vintage. Vale a pena visitar a feira e algumas das lojas das redondenzas.
Vista as feiras, decidi dirigir-me a um pequeno jardim, que o guia referia ser desconhecido de grande parte dos locais, por estar bem escondido no meio de vários edifícios. De facto não foi fácil encontra-lo. Quando estava eu parada no meio da rua a olhar para o mapa, perguntaram-me se precisava de ajuda e alguém que morava ali não conhecia o parque. Mas lá o encontrei e confirmo que parece a entrada para as traseiras de um prédio. Está mesmo bem escondido. O que justifica a calma que o rodeava. Lá dentro existe uma cafetaria com uma agradável esplanada, casinhas de pássaros presas nas árvores e uma estátua que me deliciou. É o Peter Pan de George Frampton. Uma das réplicas existentes. Deixo-vos alguns detalhes que me encantaram…
Já me esquecia de contar o porquê do parque de estacionamento… O Parking 58 é um local onde podemos subir gratuitamente ao último andar (o 10º) e ter uma vista privilegiada de 360º sobre a cidade… Confesso que esperava mais, mas ainda assim acho que vale a pena.