{ Anything for love… }


Tens alguém por quem fizesses algo assim?

Para muitos pode parecer um gesto sem qualquer significado, já que não é isto que vai salvar ou curar a pessoa, mas um gesto destes demonstra que a outra pessoa não está sozinha. Os outros estão lá com ela. Para partilhar a dor, os momentos de angústia, as batalhas vencidas. Sim, não sentem a dor física, os enjoos, e tudo o resto que esta doença e respectivos tratamentos implicam.

Este pequeno grande gesto, ajuda, nem que seja apenas um bocadinho, a ultrapassar essa dor.

Um vídeo emocionante.

 

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{ Porque a Mãe não é só minha }


E porque a mana andava à procura de uma foto com a Mãe, esta manhã fui procurar e encontrei.
Lindas as duas! Adoro a doçura da foto…

Na procura, cruzei-me com esta, que acho um piadão. 
A nossa Mãe não chegou a conhecer a neta por meia dúzia de meses. E o que mais atenção me chamou nesta foto esta manhã, foi o facto de reconhecer nesta expressão uma careta típica da neta. 

{ Amo-te }


Eu sei que nem todas as mulheres nasceram para serem mães.
Aliás, algumas nunca deviam ter sido.
Mas esse é um conceito que, felizmente, não conheço.
Mãe é Mãe.
A Mãe ama, acarinha, perdoa, cuida e protege.
Faz tudo pelo bem-estar de um filho. Muitas vezes faz mais do que pode, mais do que deve. Mas faz.
Educa, ensina, ajuda a crescer.
Uma Mãe dificilmente vê os defeitos de um filho.
Uma Mãe sabe que o seu filho não é melhor do que os filhos dos outros, mas sabe que o seu é o melhor filho do mundo.
A minha Mãe foi tudo isto. E muito mais. Muito mais.
A minha Mãe, pode não ser melhor que as outras mães, mas foi a melhor mãe do mundo.
Hoje, custa-me ouvir um filho dizer mal da sua mãe. Custa-me muito ver alguém desprezar a sua mãe.
Mas sei que me custa, precisamente, porque já não tenho a minha mãe aqui, ao meu lado, a segurar-me a mão.
E também sei que não fui a filha perfeita. Fiz algumas tropelias, próprias da adolescência. Contrariei a minha mãe. Contornei algumas regras, normalmente já bastante flexíveis por terem anteriormente sido quebradas pela mana mais velha.
A minha Mãe não dormia enquanto não regressássemos das nossas saídas à noite.
Ralhava quando chegávamos demasiado tarde. Depois ia deitar-se. Apenas para se levantar em seguida para nos pedir desculpa por ter ralhado e para explicar porque tinha ralhado.
Hoje, e apesar de eu não ser mãe, compreendo tão bem a minha. Os ralhetes. E até o facto de, por vezes, preferir não saber de algumas coisas.
Tenho muitas memórias doces da minha mãe (os sonhos com gatinhos com lacinhos cor de rosa, lembras-te, mana?). Outras hilariantes (aquele carnaval em Vilamoura, lembram-se Pai e Carmo?). E algumas dolorosas.
A minha Mãe, com o ar mais frágil que possam imaginar, foi a mulher mais forte que já passou na minha vida. Provavelmente porque tinha duas filhas que estavam em 1º lugar. Acima de qualquer dor que sentisse.
E sei que sentiu muita(s) dor(es). E calculo que deva ter sentido uma grande angústia e tristeza e revolta. Apesar de não ter mostrado nem por um segundo. Mas só pode ter sentido.
Não me consigo imaginar no lugar da minha mãe. Passar pelo que passou, durante tanto tempo e demasiadas vezes (uma vez já seria uma vez a mais!). Parecia que estavam a testar a sua força. A pô-la à prova.
E, ainda assim, conseguiu continuar a ser a melhor mãe do mundo. Talvez porque teve o melhor marido do mundo sempre ao seu lado, e as melhores filhas do mundo a dar-lhe a mão.
Obrigada Mãe!

{ 3200 km de saudades }


Actualmente, existem dias para celebrar tudo e mais alguma coisa. Não ligo à maior parte desses dias.
Hoje é dia do Pai, que para mim são todos os dias.

Mas Pai é Pai e quando se tem a sorte de ter um Pai como o meu, temos todos os motivos para celebrar todos os dias, e este dia em especial.

Apesar da distância que nos separa fisicamente (mais de 3.200 km), tenho um Pai presente, que me apoia, que me ama, que brinca comigo, que me respeita.

Se era melhor que ele estivesse aqui ao meu lado, claro que era. Mas a vida tem percursos que têm de ser percorridos e aventuras que têm de ser vividas. E, como ouvi hoje na rádio (um dia óptimo para também ouvir falar do meu pai), o meu pai é um aventureiro. E tem a vantagem de ter ao lado dele uma pessoa que o ama também e que lhe dá a estabilidade necessária para andar com os pés bem assentes no chão. E onde quer que seja esse chão, sei que o vai percorrer com toda a boa disposição que o caracterizam.

Parabéns Pai. Por este dia. Por esta vida!
Obrigada Pai, por estes 39 27 anos!

{ Surpresa! }




Já comentei por aqui que Pai, Mano e Boadrasta vivem a uns milhares de km daqui.
Enquanto estão fora, eu fico encarregue de matar regar plantas e de ver a correspondência, o que implica ir lá a casa uma vez por semana.
Ontem à noite fomos lá, já tarde, e qual não é o meu espanto quando saio do elevador na garagem e me deparo com Pai e Boadrasta a entrar no elevador!!
Ficámos todos a olhar uns para os outros a perguntar “O que é que estão aqui a fazer?”
Pois, que é feriado na Albânia e o mano não tem escola na sexta feira e vai daí decidiram fazer surpresa à família!
E o engraçado é que até o mano foi surpreendido, porque até entrarem, em Veneza, no voo de ligação para Lisboa, achava que ia passar o fim de semana grande à Croácia.
Agora vai ser matar saudades e um apertar de bochechas até mais não :)
Não há nada melhor do que ter os nossos perto de nós.

{ Mimos }


No domingo tive um lanche com algumas amigas e queria levar-lhes uma pequena lembrança. Optei por fazer estas almofadas em forma de coração, para aquecer no microondas, com aroma a alfazema.
Para o lanche, fiz um bolo de iogurte com maçã, do mais básico possível:

E os habituais brioches de erva doce, canela e passas:

Uma tarde tão bem passada…

{ Laços }



Existem cheiros e sabores que me transportam no tempo e no espaço.
Um caso estranho era o de uma fábrica que existia perto da minha casa e sempre que eu lá passava, era como se tivesse 5 ou 6 anos e estivesse num sítio muito concreto em Angola. Numa cantina onde costumávamos ir almoçar, há mais de 30 anos atrás.
Com alguns pratos que eram normalmente cozinhados pela minha mãe e pela minha avó, acontece-me o mesmo. Seja com o frango de fricassé, a sopa de feijão verde ou as filhoses de batata doce. Quando como alguns destes pratos, sou transportada no tempo, para o tempo em que essas pessoas ainda me acompanhavam e cozinhavam para a família.
Hoje fiquei particularmente contente quando a mana me disse que a sopa de feijão verde com hortelã, que eu fiz e lhe levei para o jantar, teve o mesmo efeito nela e que por alguns momentos, que ela tentou prolongar, sentiu que estava a comer a sopa feita pela nossa mãe. 
Ainda mais feliz fico, porque não sou particularmente prendada a cozinhar.