{ Ainda sobre recomeçar }


Um dos primeiros passo para o tal recomeço, passa por retomar uma parte de mim há muito deixada para 2º plano (ou será para 429º plano?).

Há demasiado tempo que as minhas mão não se colam a uma agulha (a não ser para subir bainhas…); que os meus sentidos não são despertados pelos padrões e cores dos tecidos que são uma paixão;

Que o rolo de baker’s twine branco e encarnado não é desenrolado para envolver um bonito embrulho.

A escolha dos tecidos, as combinações de cores e padrões, são sempre um desafio…

É isso, a bu&bau vai voltar. De cara lavada, mas com o mesmo carinho e atenção que sempre lhe dediquei.

Deixo-vos aqui algumas das peças do passado, algumas das quais serão, sem dúvida, retomadas, noutras cores e padrões…

E não há melhor motivação para este recomeço do que dar uma grande volta no atelier, que não se mexe há demasiado tempo. Antes, estava sempre a mudar tudo do sítio, a encontrar novos sítios para cada peça e isso vai acontecer novamente. É essencial para dar início aos trabalhos.

Nada como começar, desde já, a preparar o Natal :)

Em breve numa página perto de si ;)

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{ Gratidão }


Há um ano atrás, coloquei um post no facebook a desejar um feliz Ano novo, ao qual a Boadrasta respondeu qualquer coisa do género: “Pelo menos que não seja pior que 2011”. 
A minha resposta foi imediata e sentida: No mínimo 2012 teria de ser muito melhor que 2011.

Curiosamente já não me lembrava disto. 

Tal como milhões de pessoas, hoje brinquei com a aplicação do facebook 2012 Year in Review e o comentário da Boadrasta foi: “Grande ano, amiga!!! Tu bem disseste que ia ser assim…

O final do Ano é altura de balanços. 
Mas agora não vou fazer balanço do ano que passou. 
Vou simplesmente agradecer o ano que passou. 
Agradecer um ano cheio.
Cheio de Amor, de saudades, de mudança, de crescimento.
Também preenchido com adversidades, que tenho conseguido ultrapassar e esquecer mas com as quais também aprendi.
Um ano cheio de vontade.

Obrigada 2012 por te teres feito sentir a cada dia.
Obrigada 2012 por me teres feito viver cada dia!

E vos garanto que 2013 será, no mínimo, muito melhor que 2013!

{ Em Outubro, Novembro ou em Junho }



A Z.hoje acordou-me com este post.

Por motivos muito meus, criei defesas e barreiras contra o cancro. Em especial o da mama. Se por um lado consigo falar dele com a maior naturalidade, por ter feito parte da minha vida durante demasiado tempo, por outro lado, e ao contrário do que seria de esperar, não consigo fazer os auto-exames tão simples, preventivos e obrigatórios.

Nos mais de dez anos após ter perdido a pessoa mais importante na minha vida para o cancro, foram raras as vezes que fiz um auto-exame. Apesar da consciência da sua importância. Mas simplesmente nunca consegui fazê-lo de forma natural. Parece que os meus braços e as minhas mãos não correspondiam às ordens dadas pelo meu cérebro.
O que é ridículo, já que durante esse período tanto eu como a minha irmã fizemos inúmeras mamografias e ecografias mamárias, por causa do historial familiar e nunca tive problemas com isso.

Há pouco mais de um ano (e parece que foi numa outra vida) a sombra do cancro pairou sobre a minha mama.
Um sangramento num dos mamilos fez-me descobrir uma especialidade médica que não conhecia – Senologia. Optei por tentar descobrir o que se passava comigo antes de informar a família. Para os poupar a eles, mas também a mim. Sabia que a partir do momento em que se soubesse da possibilidade de estar doente não teria descanso. Sei que pode parecer ingratidão, mas a última coisa que precisava era tornar esta situação o centro dos meus dias.

Com as típicas mamografias e ecografias não foi possível detectar nada. O exame que fiz de seguida – uma galactografia – foi muito mais interessante. 

O que teve de assustador teve de cómico. Simplificando o que não pode ser simplificado, consistia em fazer uma mamografia com uma agulha espetada num canal do mamilo (onde o sangramento tinha origem) enquanto era injectado um contraste. Mas quando um exame destes é feito com a melhor equipa possível, ainda dá aso a gargalhadas, entre um quase desmaio e outros momentos mais sérios.

A ironia deste exame é que “apenas” permite detectar se existe ou não tumor no ducto/canal mamário, não sendo possível perceber se é maligno ou não.
Isso só é possível com cirurgia e removendo o tumor, que será analisado posteriormente.

Deste meu processo apenas ficou uma cicatriz mínima, sem consequências nenhumas. As outras cicatrizes, as que marcam mesmo, já cá estavam, mas não são minhas.

Não fiquem à espera de um sinal para fazerem rastreio. E, como diz a Z., façam-no em Outubro ou em qualquer outro mês, mas façam-no.

E eu, não por ser Outubro, mas porque passou um ano, vou marcar os exames de acompanhamento.

{ Done! }


Hoje dei o primeiro passo para mais uma mudança na minha vida.
O primeiro passo está dado. E foi dado da forma correcta, sem pisar ninguém.
Houve bastante abertura do “outro lado”, o que me deixou animada e com esperança de conseguir.
Resta-me esperar pelos resultados, torcer para que tudo corra como desejo e começar a preparar-me para a próxima etapa.

{ Life is all about choices }


Tenho de tomar uma decisão! E eu não sou de decisão fácil, quando a coisa é séria.
Quero/não quero?
Vou/não vou?
Arrisco/não arrisco?
Eu sou pela mudança, mas quando a escolha é entre duas situações desconhecidas e com poucos elementos a pesar para um ou para o outro lado, a escolha torna-se mais difícil…
Para ser sincera, no fundo a escolha até já está formada na minha cabeça, agora é dar o passo em frente e ver o resultado! Esperar pelo sim, e estar preparada para o não…
Wish me luck!

{ O fim da crise, segundo o mano… }


Conversa de ontem, no trajecto da escola para casa da avó…
Mano: Maaana, sabes que amanhã joga “o Portugal”!
Eu: Sim, sei.
Mano: E se “o Portugal” ganhar amanhã, depois joga outra vez.
Eu: Pois é. Acho que é no domingo.
Mano: E se “o Portugal” ganhar no domingo, acaba a crise!
Eu: COMO?! Onde é que foste buscar essa ideia?
Mano: Então, mana, se eles ganharem recebem um prémio. E acho que não é só a taça… vem um cheque também.
Eu: Mas o cheque é para eles…
Mano (enquanto revira os olhos): Oh mana, mas tu não percebes nada de futebol… não vês que eles são “o Portugal?” Se “o Portugal” receber um cheque, sai da crise!
Nota: O mano tem 8 anos acabados de fazer…

{ Falta um bocadinho assim*}


Eu tenho uma vidinha santa.
Quase! Não fosse a parte financeira, com cortes no ordenado, com a eliminação dos subsídios de férias e de Natal e aumento dos preços em tudo, eu tinha uma vidinha santa.
Não tenho de prestar contas a ninguém.
Sou saudável.
Tenho poucos, mas bons amigos.
Sou apaixonada e correspondida (or so I think feel)
Tenho um emprego.
Tenho casa (alugada, mas tenho) e carro.
Sou feliz na maior parte do tempo (e no tempo restante não posso sequer dizer que estou infeliz).
E sou sincera, só me faltava um bocadinho assim* para ser tão mais feliz!
Tenho de encontrar uma forma de completar esse bocadinho! É que a coisa ia ser tão, mas tão mais fácil!
* Não vale a pena oferecerem-me Danoninhos, ok? :D

Sweet sugar


{Foto: Sol de Dezembro}

No final de 2011, início de 2012 tomei várias decisões. Umas mais sérias que outras. Umas implicam uma mudança valente na minha vida outras implicam mudanças de hábitos (ou vícios?).

Nesta última categoria encaixa uma resolução associada aos doces. E não, não decidi que vou deixar de comer doces! Até porque as resoluções devem ser realistas e exequíveis.
Em vez de não comer doces, decidi deixar de os comprar. Assim, vou conseguir reduzir a quantidade de doces que como (sem ficar a salivar por um chocolate) ao mesmo tempo que poupo dinheiro e, possivelmente, uns quilinhos.
Tendo isto em conta, posso comer doces oferecidos (sendo que não vou andar a pedir que me ofereçam as sobremesas no final de uma refeição, mas se me oferecerem um chocolate, ou qualquer outra coisa açucarada, tenho (a minha) autorização para comer.
Outra possibilidade é fazê-los. Ou achavam que ia deixar de fazer bolos, caramelos e bolachinhas? Claro que não!
Aliás, ontem já comprei gelatina neutra para uma nova experiência culinária adocicada. Se correr bem mostro o resultado!
 
{Foto: Sol de Dezembro}